INDAQUA vai pôr 40 municípios a poupar 10 milhões de euros por ano
Através de Projetos de Eficiência Hídrica, em que as autarquias podem aplicar fundos do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), a INDAQUA quer duplicar para 40 o número de municípios em que assegura a redução de perdas de água nas redes de abastecimento. A empresa estima que, em 2026, o conjunto destes territórios poupe 10 milhões de euros e 20 mil milhões de litros de água por ano.
20 de julho de 2021 – São atualmente 20 os municípios em que a INDAQUA garante a redução eficaz da água que se perde nas redes de abastecimento, devido a fugas, roturas ou roubos. Entre os 20 municípios, estão seis concessões de gestão de abastecimento de água e águas residuais (Fafe, Matosinhos, Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, Santo Tirso, Trofa e Vila do Conde) e entidades gestoras em que a INDAQUA participa como acionista (São João da Madeira) ou implementa Projetos de Eficiência Hídrica (12 municípios).
É através dos Projetos de Eficiência Hídrica, que se concretizam em contratos de prestação de serviços, que a INDAQUA quer multiplicar os resultados de poupança que tem gerado para os territórios. Aumentando a sua abrangência territorial (para já, concentrada no norte e centro do país), a empresa tem como meta chegar a 40 municípios até 2026. Ao todo, a INDAQUA vai evitar que estes territórios desperdicem, por ano, 20 mil milhões de litros de água, o que representa uma poupança anual de 10 milhões de euros.
Os Projetos de Eficiência Hídrica implementados pela INDAQUA, aplicando em Portugal a experiência internacional do Grupo Miya, têm uma duração de cinco anos, durante os quais uma parte significativa da remuneração fica dependente do cumprimento dos objetivos de poupança traçados. Desta forma, é anulado o risco de investimento por parte da entidade contratante.
“O que fazemos é assegurar uma gestão mais eficaz das redes, recorrendo a tecnologia e equipas altamente especializadas. Deste modo, a poupança é dupla: por um lado, evita-se desperdiçar água que foi preciso comprar, tratar e transportar (o que envolve custos) e, por outro, garante-se o prolongamento da vida útil das redes, adiando o investimento mais avultado que a sua substituição representa”, detalha Pedro Perdigão, CEO da INDAQUA.
Os Projetos de Eficiência Hídrica da INDAQUA enquadram-se em diversas componentes do Plano de Recuperação e Resiliência português, por promoverem as Transições Digital e Climática através de, por exemplo, implementação de sistemas de telemetria de contadores ou a redução do consumo energético associado ao transporte e tratamento da água que se deixa de desperdiçar em perdas ao longo das redes.
“Os municípios, tendo em conta o previsível agravamento das alterações climáticas e da escassez de água, vão naturalmente virar cada vez mais atenções para a gestão eficiente deste recurso. O Plano de Recuperação e Resiliência será um mecanismo importante para apoiar este tipo de iniciativas que geram significativas vantagens ambientais e económicas para os territórios”, afirma Pedro Perdigão.
Em Portugal, em 2019, as perdas de água nas redes de abastecimento (medidas pelo indicador Água Não Faturada) chegaram aos 28,8%, de acordo com dados da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos. Já a INDAQUA, na média dos sete municípios em que detém concessões, alcançou perdas de apenas 14,5% que, em 2020, foram reduzidas para 13,9%.